O Inter mereceu cada ponto que conquistou nesta escalada rumo à liderança do Brasileirão. A vitória desta quarta-feira (5) sobre o Flamengo, por 2 a 1, é de uma virtude coletiva admirável.
Trata-se de um time que não relaxa um segundo sequer. É sólido como uma rocha. É só olhar os rostos dos jogadores. Sem sorrisos, o cenho sempre franzido.
O Inter de Odair coloca a parte coletiva em um santuário onde as individualidades vão rezar. O segredo defensivo colorado não é o tripé Dourado, Edenilson e Patrick. É o trio e mais os extremas, Pottker e Nico López, que recuam para defender, sem a vergonha da crítica por estarem sendo menos atacantes por isso.
O Flamengo perdeu qualidade e entrosamento no meio, sem Paquetá e Cuellar. Mas ganhou em intensidade, lutando e não desistindo com Piris e Romulo. Repare que Everton Ribeiro sente a sequência de jogos. Cansou. Sumiu. Mateus Sávio saiu do banco e quase empatou.
A liderança tem alguns heróis. Dourado merece chance na Seleção. Marca, lança e faz gol. O que esperar mais de um volante? Edenilson é um meia com a bola. Lomba operou dois milagres. Odair corrigiu o vazamento pela direita. Zeca foi mal. Fabiano o corrigiu.
D'Ale entrou para desacelerar o jogo, no lugar do inoperante Jonatan. O recuo após o gol cedo de Pottker é natural. O adversário era o Flamengo.
Senhores, que Gre-Nal teremos. O Inter, para seguir líder. O Grêmio, para impedir.