A maneira como o Grêmio deixou de abrir vantagem em casa contra o Flamengo, cedendo o empate em 1 a 1 nos acréscimos do segundo tempo, com menos de 37% de posse de bola no segundo tempo e nenhuma finalização contra 17 do time de Maurício Barbieri, viralizou um debate. Como explicar o cansaço evidente na volta do intervalo, se os titulares descansaram no fim de semana, enquanto o Flamengo correu muito para aplicar 4 a 1 no Sport?
Preparador físico não é, com certeza. Rogério Dias, campeão da Libertadores, foi convocado várias vezes para ajudar na preparação da Seleção até a Rússia. Como explicar a língua de fora, então?
É um combo. Foi um erro apostar em deixar a bola com Diego, Paquetá e Everton, apostando só no contra-ataque. Contra Chape ou Ceará a conversa é uma. Outra, bem diferente, é dar o doce a esse Flamengo. As lesões de Jael e Everton só definiram o tamanho do domínio, já notório antes.
O Grêmio cansou porque não está habituado a correr atrás do adversários. Está acostumado a rondar a presa até deixá-la tonta, e não o contrário. A parte física só será problema crônico se o time perder sua principal virtude, que é o controle da bola.