O repórter André Silva, de GaúchaZH e Rádio Gaúcha, traz de Buenos Aires a informação de que o Grêmio pode ter Jael e André juntos para suprir a ausência de Everton. Teria de mudar o desenho tático, saindo do 4-2-3-1 e passando para duas linhas de quatro. Como Jael tem disciplina espartana para ajudar a marcar, talvez Renato pense em povoar o meio-campo contra um adversário que, em casa, terá de arriscar.
Conheço o Estádio do Quilmes, o mais antigo da Argentina. Cobri o jogo aquele da fumaça, no qual o Inter se classificou com um gol nos acréscimos de Giuliano, na campanha da Libertadores de 2010. É o típico caldeirão anos 1970, com torcida quase dentro do campo.
Cobrar escanteio no estádio do Quilmes é tarefa de gincana. A mureta impede uma distância decente. As casamatas desprotegem. Qualquer um tem acesso para pressionar. Os dirigentes do Grêmio, nas cabines, ficarão em meio aos hinchas. Tapas no vidro são praxe.
Neste cenário excepcional, quase impeditivo de bola no chão, pode-se marchar para um jogo físico, de menos posse e mais contra-ataque — mesmo sem a rapidez de Everton. Quem sabe até buscando rebote com Luan e André, após Jael disputar o primeiro lance.
Empate é bom resultado. Com gols, é quase vitória. A menos que aquela rodinha de Renato no campo, reunindo titulares para um longo papo, trazendo Jael no lugar de Cebolinha, tenha sido só despiste.
É Libertadores, enfim.