O Inter somou um ponto. O Grêmio perdeu dois. O empate em 0 a 0 no Gre-Nal teve gosto de vitória para o Inter e derrota para o Grêmio. Com 77% de posse de bola, 11 a 5 em finalizações, 11 a 1 em escanteios e três pênaltis não marcados, é óbvio que o sentimento amargo é gremista. Imaginava-se que o Grêmio golearia um Inter todo alquebrado e desfalcado, mas não foi o que aconteceu.
Sem Edenilson, Pottker e D’Alessandro (na última hora), o Inter compensou na valentia e na organização defensiva. Teve de estrear Zeca como volante improvisado após seis meses parado, já que Gabriel Dias desqualifica a transição. Rossi, vindo de lesão, sem ritmo, entrou no lugar do argentino. Escalação de emergência, desentrosada. Arriscada, até. Nestas condições, seria suicídio atacar um Grêmio que, se tiver espaço, atropela.
O Inter se defendeu no 4-1-4-1, com Dourado entre as linhas. Zeca e Patrick, por dentro. Lucca e Rossi, por fora. O Grêmio criou menos chances do que o habitual. Passou a cruzar para a área (26 vezes, contra 11 diante do Cerro Porteño). Mas em nenhum o momento o Inter conseguiu jogar. Errou muitos passe.
O Grêmio seguiu no 4-2-3-1. Madson, e não Leo Moura, significou perda de qualidade pelo lado, já sem Ramiro. Alisson ficou sozinho. O Grêmio trocou passes no campo colorado. Maicon, 136. Arthur, outros 100. Everton e Alisson driblaram menos do que de costume.
Empate com sabor de vitória para o Inter, em seu campeonato de segurança. E de derrota para o Grêmio, que pensa em título, mas já tem dois empates em casa.