Fui fazer o Redação SporTV lá do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (26), com o Marcelo Barreto e o Carlos Cereto. Mais de um torcedor do Botafogo perguntou: o Grêmio vai poupar alguém?
Respondi que talvez, pela proximidade do jogo com o Cerro Porteño, na terça-feira (1°), já tendo usado força máxima em Goiânia, na vitória sobre o Goiás por 2 a 0 na Copa do Brasil. As manifestações eram de alívio após meus palpites.
O Grêmio é o time mais temido do Brasil, sem dúvida. A lógica dos adversários é de que, sem desfalques, é quase impossível vencê-lo. O comportamento do Cruzeiro, no Mineirão, todo recuado, jogando por uma bola e um pai-nosso talvez seja a prova maior, na primeira rodada.
Mas o noticiário fala em time todo reserva para enfrentar o Botafogo. Segurar um ou até alguns, sem desfigurar o entrosamento, virtude sonhada por todos os times, tudo bem. É uma exigência física, e não uma escolha. O Grêmio reforçou o seu elenco para, mesmo assim, ser competitivo em várias competições. Tenho defendido essa ideia.
Mas todo reserva? Aí me parece arriscado. O histórico dos confrontos entre Grêmio e Botafogo indica equilíbrio: 51 partidas, 19 vitórias gaúchas, 18 cariocas e 14 empates.
Se perder pontos no Rio, e o Corinthians vencer na rodada, o filme do ano passado vem com tudo. Pensei que a ideia de time alternativo tinha sido abandonada pelo Grêmio no Brasileirão. E se o jogo com o Botafogo virar uma reedição daquele contra o Sport, no ano passado, com pontos irrecuperáveis que impediram a luta por título?
Isso tudo, claro, se de fato o Grêmio entrar em campo com o time B. Pode até ganhar, mas repito: a questão é o risco.