Ele é um dos maiores ídolos da história do Grêmio. Queria ter o nome incluído no hino de Lupicínio Rodrigues, no auge de uma carreira recheada de títulos. Se Lara ganhou essa distinção do poeta, ele também tinha direito. E, durante algum tempo, muita gente achou que não seria absurdo, embora não houvesse como mexer na letra de um gênio compositor como Lupi.
Hoje parlamentar em segundo mandato, Danrlei amadureceu. Virou político. Um negociador. Nunca deixou de militar nas questões do Grêmio, seja em campanhas eleitorais ou assuntos pertinentes ao clube, inclusive nas sempre intrincadas matérias da Arena em Brasília.
Entrevistei Danrlei para o Te Pago Um Café, meu quadro no Bom Dia Rio Grande, programa das manhãs na RBS TV. Abordei com ele um assunto antigo, mas do qual o ex-goleiro nunca foge. Danrlei sonha presidir o Grêmio.
Ainda precisa, conforme o estatuto, mais um tempo de pagamento contínuo como associado. Nos tempos de jogador, nem se preocupava com isso. O fato é que, quando estiver legalmente apto, examinará está possibilidade:
— O desejo permanece. Um dia vai acontecer. Ainda tenho de me preparar. Não é para agora por dois motivos. Primeiro, entendo que posso ajudar o Grêmio de outras maneiras nesse momento. E, também, pelo próprio Grêmio.
Como assim, o Grêmio? Devolvi-lhe a pergunta. Sei que Danrlei é um cabo eleitoral disputadíssimo em cada eleição. E, mesmo fora de período sucessório, é figura presente em atividades de consulados tricolores do Interior e até de outros Estados. Pois Danrlei está decidido. O projeto pessoal à presidência é para o futuro. Agora, a meta é outra:
— Já tenho candidato. Será o nome que Romildo Bolzan escolher. A gestão dele organizou o Grêmio. Houve continuidade na comissão técnica e na formação do elenco. Fui jogador. Sei como isso é importante para um projeto vencedor. Sendo assim, a função do gremista é apoiá-lo. Quem Romildo definir como candidato, portanto, terá todo o meu apoio.
No final de 2016, Romildo Bolzan se reelegeu para três anos de mandato. O seu sucessor será escolhido só em dezembro de 2019, mas o atual presidente já pode contar com um cabo eleitoral e tanto.