Há algum tempo, participei de um Bola nas Costas, da Atlântida, em que o entrevistado era o volante Arthur. Falamos sobre vários temas, mas um chamou a atenção de todos nós.
— O Renato está insistindo para eu entrar na área. Vamos ver se eu consigo! — disse Arthur.
Era quase uma obsessão do técnico, segundo o próprio jogador. Ele comentou, rindo, que Renato estava sendo “chato” de tanto cobrar. Isso foi ainda no ano passado, no dia 15 de setembro, mais precisamente.
Esta veia goleadora de Arthur, agora em destaque pelos gols no Gre-Nal e contra o Avenida, é resultado de um processo que tem, no mínimo, seis meses.
Não é fruto do acaso, aquela história de os jogos terem facilitado os seus gols. Já tem muito tempo que Arthur, a pedido de Renato, vem trabalhando nos treinos o hábito de entrar na área, para mecanizar até o reflexo ofensivo de acompanhar uma jogada. O time, de outra parte, também foi aprendendo no dia a dia a cobrir o espaço deixado quando ele avança.
Não é acaso, portanto, esse Arthur que pretender acrescentar gols ao repertório quem despertou o interesse do Barcelona. É fruto do trabalho dele e de Renato.