Não foi grave a lesão que tirou o árbitro Jean Pierre Lima do Gre-Nal. Falei com ele. Os exames registraram contratura, sem rompimento de fibra. Remédios o ajudam a aplacar a dor, que nesta quarta-feira estava insuportável, pior do que no domingo. São as tais 48 horas após. Na hora, dói menos.
Jean Pierre me disse que ainda não caminha direito. Não há previsão de retorno. Ele sonha com as semifinais, já que não foi distensão. Os testes da sexta-feira, realizados pela FGF, o prejudicaram muito para encarar a intensidade do Gre-Nal do último domingo.
Agora, o mais incrível é que, após o Gre-Nal em que se machucou ao ponto de ter de entregar o apito para Jonathan Pinheiro, o quarto e inexperiente árbitro, Jean Pierre teve de dirigir 260 quilômetros até Pelotas, onde mora e trabalha, acelerando e freando.
Consulta médica, exames, analgésicos e fisioterapia?
Tudo do próprio bolso. E ainda teve de trabalhar no dia seguinte. No Brasil, a grande maioria dos árbitros tem de ter outro emprego para sobreviver. É um absurdo o que Jean Pierre passou. E ninguém discute a profissionalização da arbitragem no Brasil.