O jogo da Arena foi tão protocolar que não apenas o Grêmio usou reservas. O Avenida fez o mesmo, como prêmio aos jogadores que não atuaram na derrota por 3 a 0 em casa. Uma forma de todos terem a chance de contar para os netos: eu joguei uma semifinal de Gauchão, contra um Grêmio campeão da América e na Arena.
Ficou até prejudicada a observação de Maicon e Arthur juntos, em uma partida com tão pouco nível de competição. Luan treinou, sem estresse. Deu show de habilidade, vez por outra.
O Grêmio mais descansou do que jogou no empate em 1 a 1. Descanso este que lhe dá uma vantagem a mais na final do Gauchão, para além do favoritismo que a qualidade superior lhe confere.
O Brasil-Pel se classificou nos pênaltis diante do São José, após novo empate em 1 a 1 no Bento Freitas. A pressão e o desgaste foram enormes. Renato terá uma equipe recarregada, domingo, na Arena. Clemer terá de juntar os cacos de seus titulares.
Será uma final sem Gre-Nal, mas de pura tradição. Há 99 anos, Grêmio e Xavante decidiram o primeiro Gauchão, em 1919. Deu Brasil-Pel, o primeiro campeão.
A missão do Grêmio é matar o confronto na Arena. A do Xavante é chegar vivo para a loucura do Bento Freitas lotado. Uma final romântica e raiz, eu diria, digna das melhores tradições do futebol gaúcho.