Ele estava de fones, ao lado do correspondente da RBS no sorteio dos grupos da Copa lá em Moscou, que é o Rafael Cechin. O Leonardo Acosta, o outro correspondente, estava na espreita.
Os dois, um na caça e o outro na sobra, pegaram Tite e colocaram os fones de ouvido nele. Agradeço a ambos. Não é todo dia que dá para fazer uma pergunta para o técnico da Seleção Brasileira em um evento dessa magnitude, no Palácio do Kremlin, ainda mais não estando lá no país do Mundial:
– A Suíça, por ser uma defesa forte, um das melhores da Europa, capaz de passar vários jogos sem tomar um único gol, é o adversário mais difícil do Grupo E, na primeira fase?
A resposta veio com a polidez de sempre, depois de afirmar que Luan, Arthur e Marcelo Grohe ainda têm chance de entrar na lista dos 23 que vão à Copa, mas a resposta ficou clara acerca dos adversários: Suíça, Costa Rica e Sérvia:
— A estreia é sempre muito complicada. Entra a ansiedade de quatro anos de espera. São só três jogos. É tiro curto. Um tropeço na largada pode complicar. E tem a expectativa de cada jogador, também. É o ápice da carreira disputar uma Copa do Mundo. A tudo isso, soma-se um adversário organizado e muito sólido defensivamente, que sempre dificulta contra qualquer adversário.
Então, a estreia é que se desenha uma pedreira. O grupo não é necessariamente difícil. Mas estrear na Copa da Rússia diante da Costa Rica ou da Sérvia, esta uma seleção que toma gols (levou um até da fraca Georgia, nas Eliminatórias), seria muito melhor. Qualquer tropeço na estreia, contra a segunda força do Grupo, leva um complicador para a segunda rodada, contra a Costa Rica.