
Impostos
Aí vai uma resposta simples para uma pergunta aparentemente complexa neste diário árabe temático: como pode quase tudo ser tão mais barato nos Emirados Árabes Unidos? Imposto. Ou ausência dele. Não há, por exemplo, imposto de renda. Discute-se, agora, a adoção de uma taxa de 5% sobre certos produtos, como bebida e cigarro – e já tem gente chiando.
Carros
O IPVA é fixo. Tanto faz se for nave espacial ou uma fubeca caindo aos pedaços. Paga-se algo em torno de R$ 120 ao ano e fim de papo. Por isso um BMW que parte de R$ 150 mil no Brasil pode ser comprado por R$ 60 mil na terra de Bin Zayed o fundador que reuniu povos dispersos e construiu um país rico, assentado sobre lençóis de petróleo oceânicos.
Gasolina
Compra-se um Corolla, imagine, por R$ 18 mil. O litro de gasolina sai por R$ 1,70. Lembrei-me de uma dica do Cleber Xavier, auxiliar de Tite, dada a mim da outra vez que estive nos Emirados – essa é a terceira. "Vá com uma mala vazia e compre roupas". O motivo é o mesmo: sem imposto extorsivo, preço mais barato.
Internet
Aí você pode pensar que tudo é uma barbada na terra dos emires, mas tem também a parte mais cara. Um plano de internet familiar, hoje um bem essencial, não sai por menos de R$ 600. Os aluguéis não são mais atrativos do que o Brasil. Nem a comida.
Vaidade
Ricardo Ferla, cônsul gremista em Al Ain, ajudou-me a converter valores, dos dirhans locais para os nossos bravos reais. Ele é cirurgião plástico, com licença do governo.
Não lhe falta trabalho. As mulheres árabes são vaidosas, até mais do que as brasileiras, debaixo dos véus e no mais aberto dos países árabes.
A busca do hímen
Homens têm de casar no máximo até os 30 anos. Se não tiverem filhos com 35, há cobrança familiar. Reina certa hipocrisia aí. Há casamentos quase que por contrato, para atender a pressão social.
Existe até um mercado de reconstrução de hímen, para recuperar a virgindade. É proibido por lei, doutores renomados como Ferla obviamente não adotam esta prática, é claro, mas sabe-se que existe.
Chef da CBF
Fernandão, o segurança que está no Grêmio há 18 anos, mas desde 2014 trabalha também na Seleção, fez a ponte. O gaúcho Jaime Maciel, cozinheiro da CBF, descoberto há 22 anos no Hotel Jandaia, em Santana do Livramento, está nos Emirados. É ele quem pilota a cozinha tricolor em Al Ain, e será assim em Abu Dhabi.