Fala-se pouco, ainda, do assunto. Deveria ganhar destaque diário, acompanhamento. Na Espanha, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira é acusado de lavar dinheiro obtido por meio de comissões ilícitas que teriam sido recebidas na venda de amistosos da Seleção.
Teixeira teria formado uma “organização criminosa” com o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, preso há dois meses. Nos EUA, no âmbito das investigações acerca do submundo da poderosa Fifa, Teixeira é acusado lavagem de dinheiro, fraude e de receber milhões de dólares em troca de beneficiar empresas de marketing esportivo. O pedido de prisão para Ricardo Teixeira pode ser publicado no site da Interpol.
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Se acontecer, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, as autoridades brasileiras deverão investigá-lo também no Brasil, a partir da troca de informações do processo, mesmo que não haja acordo de extradição com Espanha ou EUA. É aí que mora o perigo.
Ricardo Teixeira, que alega ser acusado de ações que não configuram crime pela lei brasileira, é o cérebro de toda estruturação de poder que transforma CBF e federações estaduais em uma grande ação entre amigos, hermeticamente fechada para o surgimento de oposição. Vai ter gente tendo pesadelo à noite, caso ocorram investigações no Brasil.