Não fosse a campanha fora da curva do Corinthians, poderíamos cravar: bom resultado o 1 a 1 contra o São Paulo. Foi longe da Arena, contra um grande clube remobilizado para fugir do Z-4, de técnico novo, Dorival Jr. Eram 40 mil no Morumbi. Virou tropeço só porque a diferença para o líder aumentou: era de seis, agora é de oito pontos. O Corinthians ganhou do Fluminense, no Maracanã.
Além do mais, o Grêmio foi superior, fechando o jogo com cinco finalizações com chances de gol, contra duas do São Paulo. Recheado por quatro volantes de origem (Maicon, Michel, Arthur e Ramiro), os dois últimos na linha atrás de Luan, parecia impossível entrar na defesa gremista.
Em contra-ataque de F-1, Pedro Rocha abriu o placar aos 18 do primeiro tempo. O Grêmio deixou de matar o jogo antes do intervalo e, com a saída de Arthur para o ingresso de Fernandinho – Renato tentou matar o jogo –, perdeu força no meio-campo.
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Arthur já tinha cartão, e o técnico preferiu manter Michel para não perder altura. Ramiro passou para a meia-central, entrando Fernandinho do lado direito. Na esquerda, Pedro Rocha, extenuado após ótima atuação, cedeu lugar a Everton, que não manteve o mesmo padrão do titular.
O empate veio neste contexto, sem Arthur e com Fernandinho, premiando um esforço incrível do São Paulo. Não tivesse feito da partida uma Copa do Mundo, duvido que a equipe de Dorival Jr. conseguisse alcançar o empate, pois só finalizou duas vezes na direção de Marcelo Grohe. Lucas Barrios fez falta como referência de mobilidade de força na área. É o artilheiro do time.
O Grêmio (46% de posse de bola) foi técnica
O São Paulo (54% de posse de bola), força.
Como disse Lucas Pratto, o Grêmio "é um timaço": joga bem mesmo quando não ganha. Pode colocar time misto contra o Atlético-PR, na quinta-feira, já que a vantagem de 4 a 0 na Copa do Brasil é intransponível.