A vitória sobre o Iquique é essencial para aliviar a pressão do calendário. Se ganhar hoje, o Grêmio vai para seis pontos e, além de despachar os chilenos, terá lastro para administrar Gauchão e os jogos diante do Guaraní, do Paraguai, na Arena e em Assunção.
É possível que tenha de preservar um e outro no meio desse caminho. Gata Fernández, Lucas Barrios e Everton estão em bom ritmo mesmo sem serem titulares. O Iquique é líder do Clausura, no Chile.
É um time leve e rápido, que trabalha a bola pelo chão. Jogou no 4-2-3-1 na derrota para o Guaraní, mas pode vir um tanto mais fechado na Arena, talvez. O volante Riquero é uma espécie de Maicon.
A bola sempre passa pelos seus pés na transição. O atacante mais perigoso é o velocista Ramos. É o mais adiantado. Se mexe muito. Bustamante e Torres são ligeiros também. O defeito do Iquique é tocar demais e definir de menos.
O Iquique tem um pouco da marca deixada por Jorge Sampaoli na seleção, estilo visivelmente adotado pelos clubes do país. A taça da Copa América de 2015, em casa, influenciou para sempre o futebol chileno.
bi, com Juan Antonio Pizzi, veio no vácuo de Sampaoli, hoje no Sevilla. O Grêmio não joga tão diferente no estilo, mas exibe três diferenças enormes na comparação com o seu adversário: mais qualidade, mais força física e mais tradição.
BOLAÑOS, NO LUGAR – O repórter Adriano de Carvalho conversou com o técnico da seleção do Equador, Gustavo Quintero, que também treinou Bolaños no Emelec. Lá, segundo Quinteros, ele atuava centralizado, como agora. Tinha liberdade de movimentação atrás dos atacantes e chegada rotineira na área: “Acompanho os jogos dele. É um grande meia quando joga com liberdade. Está em sua melhor posição: foi assim que ele jogou no Emelec, comigo”. Ele e Luan mais à frente, indo e vindo, embaralham as defesas inimigas.