Aos 43 anos, o jovem Fábio Carille jogou no Corinthians, nos anos 1990. Era zagueiro, mas quebrava galho como lateral-esquerdo defensivo.
As más línguas dizem que o time é o espelho dele como jogador, compensando na organização e no pragmatismo o que lhe faltava em talento.
Como auxiliar, desde 2010, Carille comandou o Corinthians em 10 partidas: quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Estreou como efetivo na vitória por 4x1 sobre o Vasco, na Florida Cup. Desde lá, são 22 jogos: 13 vitórias, sete empates e duas derrotas.
A crítica paulista cobra que Palmeiras e São Paulo foram às semifinais com goleadas sobre Novo Horizontino e Linense, enquanto o Corinthians arrancou
1 a 0 suado em cima do Botafogo, no Itaquerão, após empate sem gols em Ribeirão Preto.
O jeito de sair jogando, mais pelos lados do que por dentro, indica uma ideia conservadora, apostando na bola aérea e nos rebotes. Assim, reagindo mais do que propondo, ganhou clássicos.
O elenco não tem a qualidade dos tempos de Tite. Rodriguinho é protagonista, para se ter ideia.
Mas é fato: os números aprovam o pragmático Fabio Carille. O Inter tem um adversário pragmático pela frente na ida da quarta fase da Copa do Brasil.