Não é que o Inter tenha jogado mal contra o Vasco; o Inter deu o que tinha para dar. Sem o seu único jogador que quebra as linhas da defesa inimiga, Patrick, o time é isso aí mesmo: precisa de esforço e concentração máximos para vencer, mesmo que o adversário seja precário como o Vasco.
No começo, o Inter até que se impôs pela força e pela organização, mas, depois que marcou o gol, passou a ceder terreno aos poucos. E, no segundo tempo, foi dominado por uma equipe que está desabando para a segunda divisão.
Ainda assim, faltando duas rodadas para o fim do campeonato, isso não significa nada, diante da vitória. Porque pelo menos o Inter vai entrar no Maracanã, domingo que vem, com a vantagem do empate.
Além do mais, o Flamengo também não é mais aquele time irresistível do ano passado. Ao contrário. O Corinthians poderia ter empatado o jogo, sobretudo no segundo tempo, quando Mancini colocou Ramiro, Luan e Gabriel, e todos jogaram bem.
Atolado no meio da tabela de classificação, sem grandes ambições, a não ser se classificar para a Libertadores, o Corinthians nem tinha tanto estímulo para fazer força contra o Flamengo com força. Mas fez. Da metade do segundo tempo para frente, foi o Corinthians que pressionou. O Flamengo comemorou o fim do jogo.
Quer dizer: o leão não é tão feroz quanto parece. É um leão perplexo, meio distraído, talvez empanzinado de vitórias. Pode ser encarado. Mas, claro, ainda assim é um leão.