David Coimbra
Não poucas mulheres, nas praias brasileiras, douram-se na areia com frases de Nietzsche tatuadas pelo corpo. É a vitória suprema de um homem que foi derrotado na vida. Quando Sansão derrubou os pilares do templo, bradando “morra eu com os filisteus!”, levou com ele três mil inimigos. “Deste modo”, conclui o autor bíblico, “matou pela sua própria morte muito mais homens do que os que matara em toda a sua vida”. Nietzsche é um Sansão da filosofia: morto, conquistou muito mais do que desejou quando vivo.
GZH faz parte do The Trust Project