Um amigo gremista me disse:
“Quem ganhou do Grêmio, ganhou. Quem não ganhou, não ganha mais”.
Olha que pode ser verdade. Depois de um ano errático, o Grêmio encaixou. E isso aconteceu, curiosamente, não pelos reforços que foram contratados ou por alguma ação extraordinariamente diferente da comissão técnica ou da direção. Aconteceu pelo que já existia dentro da Arena, sobretudo pela promoção do novo meio-campo formado por Matheus Henrique, Darlan e Jean Pyerre.
Os maiores problemas do Grêmio se concentravam neste setor vital para um time de futebol. Solucionado o defeito nessa região central, todo o resto da equipe passou a funcionar com fluidez. Acrescente-se a essa receita dois ingredientes: a definição de Victor Ferraz e Diogo Barbosa como laterais titulares e a Lesão de Alisson.
Não que Alisson seja mau jogador, não se trata disso, mas sua ausência abriu espaço para o crescimento de outros dois valores: Luis Fernando e Ferreirinha. Esses são atacantes mais agressivos, mais agudos, mais goleadores. Oferecem outro tipo de colaboração. Alisson já não é mais a única opção para a posição.
É óbvio que a direção e Renato tiveram méritos nessas mudanças, mas o mapa do tesouro leva às categorias de base. O Grêmio se transformou numa estufa de bons jogadores, não cessa de produzi-los. É Luan, é Pedro Rocha, é Arthur, é Wallace, é Pepê, é Matheus Henrique, é Darlan, é Ferreirinha, é Jean Pyerre... O Grêmio tem uma mina de diamantes, já faturou e vai faturar ainda mais com ela. Em dinheiro e em títulos.