O primeiro tempo do jogo de terça-feira, na Arena, já se encaminhava para o final quando o narrador da TV informou que o Católica detinha incríveis 67% de posse de bola. Poderia se tratar de um domínio inócuo, o Católica trocando passes no seu campo, sem agredir. Mas, não. O Católica agrediu e criou boas chances de marcar, sobretudo nas bolas aéreas – com dois volantes de baixa estatura, o Grêmio tem dificuldades nos levantamentos para a sua área.
O time do Grêmio estava todo fora das juntas, principalmente no meio-campo. Aí, o segundo tempo começou efez o gol. Foi assim mesmo que aconteceu, o gol saiu a um minuto. Essa ocorrência mudou o jogo. A pequena cirurgia tática feita por Renato, o recuo de Matheus Henrique para formar o 4-1-4-1, pode ter ajudado, mas é impossível descobrir o quanto ajudou.
Está provado que um centromédio posicionado, atento feito um dobermann na meia-lua, dá mais estabilidade ao time, mas há mais problemas a resolver. Não terão eles ficado encobertos pela vitória? Pelo gol de Pepê? O Grêmio ainda tem um bom caminho a percorrer para reencontrar a harmonia.