Na origem do lance do primeiro gol do Inter, a bola estava se dirigindo à linha de fundo e um zagueiro do Santos a protegia, esperando que ela saísse. Era uma jogada dominada pela defesa. Thiago Galhardo não se conformou, correu para tentar retomar a bola. Mas, em vez de fazer falta no adversário, contornou-o com a perna e bateu na bola a partir do lado de fora do campo, empurrando-a mais para dentro. Foi assim que ela caiu nos pés de Saravia, que cruzou na cabeça de Guerrero.
O cruzamento de Saravia foi perfeito e a testada de Guerrero também, mas nada disso aconteceria se não houvesse o empenho de Galhardo. O esforço de Galhardo tornou fácil um jogo que era nervoso. Até então, o que mais se via era os jogadores do Inter levando a mão à cabeça, em desespero por algum gol perdido. Galhardo ganhou a noite com sua dedicação.
Assim foi o Inter contra o Santos. Coudet fala tanto em intensidade, pois o Inter foi mesmo intenso. Tanto que seus jogadores até pareciam maiores do que os do Santos. A partir da metade do segundo tempo, era visível a superioridade física dos colorados. Os santistas já não aguentavam mais a correria e queriam que o jogo terminasse de uma vez.
Foi a melhor partida do Inter depois do retorno do futebol. Não que tenha sido uma demonstração de técnica apurada. Não. O Inter em geral é meio tosco, até meio apressado para concluir as jogadas. Mas o refinamento vem com a segurança que a repetição de vitórias dá. Ainda há tempo e espaço para melhorar.