Generoso que sou, revelei, sexta-feira passada, no Sala de Redação, o esquema com o qual o Grêmio será de novo campeão do mundo. Se o utilizar, evidentemente.
É um esquema harmônico, bem equilibrado, que aproveita os melhores jogadores do grupo em cada setor, capaz de bater um Flamengo, um Liverpool, um Real, um Barcelona. E por ser também um esquema inovador, diferente do rame-rame ao que estão acostumados torcedores, técnicos e comentaristas, por ser assim revolucionário, provocou escândalo no programa.
Meus colegas de debate fizeram “oh!” e até o Renato Portaluppi pronunciou-se, lá do Rio de Janeiro, propondo o seguinte:
“David, vamos combinar uma coisa: você fica uma semana treinando esse esquema no Grêmio e eu fico uma semana aí comentando”.
É um pândego, esse Renato.
Mas falo a sério: o esquema pode ser mesmo profícuo. Estou falando do...
3-3-4.
Isso mesmo: três defensores, três meio-campistas e quatro atacantes.
Que seriam os seguintes:
Vanderlei no gol. Geromel pela direita, Kanemann pela esquerda e David Braz entre eles, não como uma parede, mas como um elo. Em frente à área, feito um buldogue, um dobermann, um pastor alemão, Lucas Silva, atuando de centromédio ortodoxo. Ombreando-o, os habilidosos volantes Maicon e Matheusinho. Ainda no meio-campo, mas mais adiantado, flutuando atrás dos volantes inimigos, Jean Pyerre e sua técnica fluida. Nas extremas, os azougues Pepê e Éverton. De centroavante, o velho e bom Diego Souza.
A impressão é de que falta cobertura lateral. Mas, não. Os pontas acompanham os laterais adversários, mas quem mais vai cuidar dos lados do campo são os volantes. Não é um esquema maluco como parece, tanto que alguns ouvintes, depois que o expus, me mandaram um vídeo do Valdir Espinosa defendendo-o. Eis o link:
Pronto. É só jogar e ganhar. Nem precisam me agradecer.