David Coimbra
A cada sexta-feira o governo do Brasil protagoniza um escândalo. Nessa sexta foram três. O primeiro foi a nota exagerada, agressiva, anacrônica e equivocada do general Augusto Heleno. Ao afirmar que o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro poderá ter “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”, o general está claramente fazendo uma ameaça. O que, por si só, já é um absurdo autoritário que mereceria punição. Mas a manifestação do general demonstra também o seu desconhecimento do rito judicial, porque o ministro Celso de Mello, do STF, não mandou o presidente entregar o celular: ele apenas enviou o pedido à Procuradoria Geral da República, como determina a lei.
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