Marcelo pertence a uma dinastia de laterais-esquerdos brasileiros que é a mais talentosa do mundo. O primeiro deles foi Nilton Santos, a enciclopédia do futebol. Depois vieram vários virtuoses: Marinho, Branco, Leonardo, Roberto Carlos, Junior... Os laterais-esquerdos do Brasil bem poderiam ser meias.
É o que Marcelo deverá ser, no jogo desta sexta-feira (6). Na falta do jogador que Tite chama de "ritmista", o cadenciador, o tocador de bola, o maestro, na falta de um meia clássico desses que o Brasil produzia como ninguém, e que agora andam em falta, Marcelo terá de assumir essa tarefa.
E o Brasil precisará dele. A Bélgica tem um time mais fluido do que o da Seleção Brasileira. O meio-campo belga pode suplantar o brasileiro. Para não ser envolvido, o Brasil necessita de alguém que pise na bola e controle o jogo em determinadas circunstâncias. Marcelo pode fazer isso. Marcelo sabe fazer isso. Desde já o coloco como possível destaque da decisão.