Na atrapalhada política italiana, um empresário excêntrico se sobressaiu, Silvio Berlusconi. Um magnata da mídia e da construção civil, dono de bilhões de euros, levou para o meio político a sua popularidade.
Em que pese ele já ter um histórico de corrupção como empresário, o eleitorado italiano ignorou o problema e o elegeu como seu primeiro -ministro. O que ele buscava, de verdade, era o poder que ainda não tinha: o domínio do país.
Ele já era um empresário de sucesso em 1994 quando embarcou na política. Era dono de um partido, também, o Forza Itália, como se a Itália já não tivesse partidos suficientes, assim como no Brasil. A nova sigla era o que Berlusconi precisava para se impor ainda mais entre os políticos.
Nascido em Milão, no norte da Itália, se aproveitou da popularidade do time de futebol, Milan, para ganhar este tipo de eleitor, o torcedor. O populismo não impediu que ele dialogasse com políticos de outros matizes. Berlusconi tinha convicções de extrema direita, mas negociava com o oposto por ser muito pragmático e pensar, acima de tudo, no seu bem.
A atual primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, é vinho da mesma cepa, porém, ao alcançar o cargo, assumiu uma postura de líder de um país, não só de seus eleitores. Apesar de tudo, Berlusconi sobreviveu na política porque ele ecoa o espírito do populismo que está na história da Itália de Benito Mussolini.