Dona Irma K., uma das minhas primeiras leitoras (ainda conservo o e-mail de sua primeira consulta a esta coluna, em março de 2003!) escreve para comentar um fato que lhe chamou a atenção: "Prezado professor, muitas vezes eu levo anos para me dar conta de alguma coisa que sempre esteve debaixo de meus olhos, e aí me acho uma pateta. Esta semana, lendo um comentário político, foi a primeira vez que me dei conta que usamos a mesma palavra, urna, para aquele potinho onde vão recolher as minhas cinzas, quando eu me for deste mundo, e o dispositivo em que votaremos nas próximas eleições. Na verdade, foi o autor do artigo que me chamou a atenção para isso, ao dizer que esperava, em outubro, que nossas esperanças de um futuro melhor não fossem sepultadas nas urnas eletrônicas... Bem, aí tinha que cair a ficha, não é? O senhor poderia me explicar como isso aconteceu?".
O Prazer das Palavras
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Urnas
A naturalidade com que falamos na nova urna eletrônica comprova, também, que o primitivo sentido genérico de "recipiente" não é o primeiro que vem à nossa mente
Cláudio Moreno
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