O Grêmio está seguindo a mesma cartilha que o coirmão nos últimos anos. E aqui, como forma de alerta, apresento-a.
Em 2022, o Inter ficou em segundo lugar no Brasileirão. Na temporada seguinte, a diretoria começou o ano dizendo que o time estava pronto para encarar o Gauchão e até mesmo a Libertadores. Inclusive, podendo perder alguns jogadores que diminuíam o ritmo no segundo tempo, como Edenílson e Taison. Em fevereiro, anunciou o Luiz Adriano, quase como uma sobra do mercado.
Pois bem, no ano passado o Grêmio também foi vice-campeão brasileiro. No início deste ano, o vice-presidente Antônio Brum, no podcast Um Assado Para..., do jornalista Duda Garbi, disse que o Grêmio "só" havia perdido o Suárez e que não tinha motivos para ansiedade da torcida. Pegou mal. E por último, o fator mais recente, a contratação do Diego Costa, que remete a negociação de Luiz Adriano.
Viram? Praticamente a mesma cartilha seguida no Beira-Rio.
Inclusive, bem lembrado pelo colega Zé Alberto Andrade no Sala de Redação desta segunda-feira (12), o trabalho na busca por reposições também é muito parecido com o do Inter no ano passado. Mano Menezes falava que o grupo era bom, mas que monitorava o mercado, dizendo que o Inter estava "vasculhando o mundo." Exatamente como o Grêmio neste ano, Renato fez o mesmo.
A diferença é que o Grêmio parece estar se atentando a isso agora. Já o Inter demorou pra se ligar. O exemplo disso são as últimas entrevistas do Renato e o fato de ele ficar aqui no Carnaval treinando o elenco — diferentemente dos últimos anos.
Creio eu que a medida de não dar folga no dia seguinte após a derrota para o São Luiz foi tomada justamente por Renato. Ele está vendo que precisa fazer muitos ajustes para melhorar o seu time. O Grêmio precisa jogar mais.