O negócio envolvendo a troca de parte da área da escolinha do Grêmio no CT Cristal por mais área no entorno do CT Luiz Carvalho está sob risco. A reunião no Conselho Deliberativo do clube, marcada para o próximo dia 29, deve ser de tensão e negativa.
Existem pontos a serem esclarecidos e isso deve travar a votação para a aprovação da proposta. Até mesmo a enchente está prejudicando a discussão neste momento, mas é preciso olhar além destas questões pontuais. Esse é um assunto que mexe com o futuro do clube e não pode ser definido por questões temporais. É preciso olhar para o futuro.
O negócio é bom para o Grêmio. Falei com todas as partes envolvidas e todos concordam neste ponto. Existem algumas preocupações dos conselheiros que se opõem a votar a favor neste momento. A principal crítica está na velocidade em que a gestão colocou em pauta a votação. Todos gostariam de conhecer melhor os pontos positivos e negativos.
É preciso dizer que o Grêmio não tem risco sob nenhum aspecto. O negócio só será devidamente realizado se todos os pontos em dúvida forem efetivados. A saída das famílias que habitam o local, por exemplo, é uma obrigação da prefeitura, e o clube só liberará a área do Cristal a partir desta solução.
Se todos acham o negócio bom para o Grêmio, qual é a discussão? A efetivação está em risco exatamente pela pressa que foi apresentada a proposta.
Por isso, estamos diante, apenas, de uma discussão política e não um risco do Grêmio. O dia 29 de novembro deverá ser tenso exatamente por um erro estratégico da gestão.
Talvez seja mais prudente utilizar essa reunião para discutir de forma mais ampla estes pontos de dúvida e adiar por uma semana a votação definitiva. Quando o assunto é patrimônio, tudo é muito mais complexo. A história já ensinou (e calejou) os gremistas. O Grêmio precisa entender o futuro.