A notícia que revelou o acordo do final do vínculo do atacante Luiz Suárez com o Grêmio ao final da sua primeira temporada em Porto Alegre gerou uma forte discussão entre os gremistas nas redes sociais.
Tricolores discordaram sobre a solução do problema que foi pauta nas últimas semanas. O clube acatou o pedido do jogador e admitiu a sua liberação, sem custo, ao final do primeiro ano de contrato. O atacante uruguaio assinou, originalmente, até dezembro de 2024 com o Grêmio.
Quando se tem uma solução como esta é preciso buscar os fatos e reescrever a linha cronológica para se tirar um conceito mais fidedigno. Grêmio e Suárez assinaram por dois anos muito pela vontade do jogador. O craque uruguaio pediu, inclusive, para jogar a Liberadores em 24.
O clube gaúcho gostaria de um contrato de um ano, o que não foi aceito pelo staff do jogador. Tudo caminhava bem por aqui até a assinatura de Messi com um clube nos EUA. A partir desta data, o craque uruguaio esqueceu das suas promessas e começou a criar sérios problemas nos bastidores do Grêmio.
Diante do novo problema, o presidente Alberto Guerra e sua equipe partiram para a mesa de negociação. Como conceito, preservar o time. Suárez, de fato, foi - e é - a grande notícia do tricolor também dentro do campo.
A novela se estendeu por dias e o fim do impasse gerou, além de uma série de discussões, uma pergunta: quem venceu e quem perdeu a queda de braço entre o clube e o jogador?
Por um lado, o Grêmio conseguiu a permanência do Suárez até o final da temporada e garantiu o seu objetivo técnico, claramente definido no início da novela. Por outro, Suárez conseguiu a liberação sem custo ao final do primeiro ano. Os dois, neste viés, venceram.
A vida, no entanto, deve ser vista por outro lado e, neste, ambos perderam. Suárez teve diminuído muito o seu prestígio junto ao torcedor tricolor. A forma como conduziu todo o processo colocou o uruguaio em outro espaço na mente do torcedor. Já o Grêmio precisou abrir mão do seu projeto e se submeter a vontade do jogador sem qualquer ressarcimento.
E assim se fez: venceram e perderam. No campo prático, uma linha tênue separou as duas análises. Um alvo, no entanto, foi atingido por toda esta história e caiu definitivamente. A ilusão apaixonada do torcedor foi a grande derrotada de toda esta novela.