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Na última semana, escrevi aqui que tenho a certeza de que o Brasil poderá quebrar seus recordes de medalha, total e ouros, em Paris. A convicção vem do acompanhamento diário que me permito fazer e também da observação das principais competições do mundo.
Pois no final de semana essa certeza ganhou um ponto mais, um certo sorriso de confiança. Se você não pode acompanhar os eventos que foram transmitidos por televisão ou pelos principais aplicativos de streaming, vou tentar deixar aqui alguns dados, já que nossos principais diários do país e telejornais também não deram tanto destaque.
Rayssa Leal mostrou mais uma vez que está entre as favoritas no skate street feminino ao ganhar a etapa de San Diego da Liga Mundial, onde Giovanni Vianna ficou com o vice. Vale lembrar que a dupla foi campeã do Super Crown de 2023, evento que define os melhores da temporada.
No surfe, quatro brasileiros avançaram para a fase final da Liga Mundial de Surfe (WSL) e, apesar de a temporada não ser repleta de vitórias, é possível crer em bons resultados nas ondas de Teahupoo, onde a Brazilian Storm tem ótimo retrospecto.
A seleção brasileira feminina de ginástica conquistou três ouros e duas pratas no tradicional Troféu Cidade de Jesolo, na Itália. Rebeca Andrade e Flávia Saraiva lideraram a equipe. Ainda na Europa, Caio Bonfim e Viviane Lyra ficaram perto do inédito título mundial do revezamento por equipes mistas da maratona da marcha atlética. Uma punição na reta final tirou o pódio da dupla brasileira, que será candidata a uma medalha em Paris. Nesta mesma competição, Érica Sena foi bronze na prova feminina e também estará na França em julho.
Por aqui, em Recife, a final da Superliga feminina de vôlei levou 9 mil pessoas ao Ginásio Geraldão, e o duelo entre os mineiros Minas Tênis Clube e Praia Clube foi de alto nível e deu mostras de que apesar da CBV, seguimos fortes na modalidade.
No vôlei de praia, teve vaga para Bárbara Seixas e Carol Solberg, que ficaram com o bronze no Elite 16 do México, onde André Stein e George levaram a prata. E em Paris, estas duas parcerias, mais Duda e Ana Patrícia, são potenciais candidatos ao pódio.
E a semana que está começando terá a revelação João Fonseca disputando o Masters 1000 de Madri, na Espanha, onde Bia Haddad Maia tentará recuperação. Aliás, é curiosa a situação da segunda melhor tenista da história do Brasil, atrás apenas da lenda Maria Esther Bueno. Mesmo estando no top-15 do mundo nas duas últimas temporadas, ela é cobrada como alguém que representa a seleção brasileira masculina de futebol, modalidade que domina 99% do noticiário esportivo — algo que digo sem nenhum sorriso.
Mas não será só o tênis. Teremos mais uma final de Superliga, desta vez a masculina. E logo depois vem a Liga Mundial, com uma etapa no Rio de Janeiro (caso você não saiba). Aliás, a capital fluminense será palco do Pan-Americano de Judô. Tem os playoffs do NBB, Pré-Olímpico de Tiro, de basquete 3x3....
Curioso né, que o mundo esportivo não é só futebol. Mas enfim. Nem que seja a partir de 26 de julho, quando ocorreerá a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, os atletas, treinadores, clubes, familiares de quem faz o esporte olímpico estarão aguardando por vocês, como acontece a cada quatro anos, exceto quando uma pandemia muda o chamado ciclo olímpico.