A polêmica causada pelo anúncio de Joel Jota como padrinho do Time Brasil chega ao fim. O próprio ex-nadador e hoje empresário e influenciador digital acabou desistindo do convite pelo constrangimento causado pela repercussão negativa, especialmente no esporte onde ele se autodenomina "um dos mais rápidos do mundo", sem comprovações de resultados.
Mas faltava uma manifestação do Comitê Olimpico do Brasil (COB), que na cerimônia dos 100 dias para Paris colocou Jota na lista de padrinhos e não como mentor ou coach dos atletas. O detalhe é que além do próprio ter se classificado desta forma, uma entrevista do diretor de marketing da entidade, Gustavo Herbetta, ao canal do influencer o chamava de coach e isso foi o que ganhou corpo exatamente no ambiente onde ele "nada com tranquilidade", as redes sociais.
As manifestações de atletas e ex-atletas da natação pesou na decisão de Joel Jota em comunicar a renúncia e também na avaliação do COB sobre o tema, algo citado aqui, na coluna anterior, como processo conduzido de maneira equivocada.
Pois bem, a nota do COB cita diretamente a entrevista da diretoria de marketing, leia-se de Gustavo Herbetta. Ela, por si só, já é uma reprimenda ao ocupante do cargo e que tem o grande mérito de, ao lançar um projeto para os Jogos de Paris, conseguiu aumentar as receitas de patrocínio da entidade em 240% em relação ao ciclo para a Olimpíada de Tóquio.
Mas no mundo olímpico, nem tudo são recordes. E, dessa forma, o posicionamento dos atletas e da comunidade esportiva foi mais forte do que "uma sacada de marketing em busca de engajamento". Que bom que nossos atletas tenham se posicionado e deixado claro que para eles os valores olímpicos são verdadeiros.
Afinal, como diz o próprio Joel Jota em suas palestras, "é melhor evitar um problema do que sair dele".