O empresário Joel Jota não será mais o padrinho do Time Brasil nos Jogos de Paris. Em uma postagem nas redes sociais nesta sexta-feira (19), ele comunicou que desistiu de ocupar o cargo pelo qual havia sido escolhido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
"Tomei a decisão de renunciar o papel de padrinho do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Apesar de ter ficado muito feliz pelo convite, cheguei à conclusão que será melhor para mim e minha família que eu não participe mais como padrinho da delegação brasileira em Paris", escreveu.
O COB anunciou na última quarta-feira (17) que Joel Jota seria um dos padrinhos dos atletas brasileiros que competirão na França. Ele iria acompanhar o Time Brasil e teria a função de prestar apoio na busca por alta performance.
A escolha foi criticada por alguns esportistas, que questionavam a forma como Joel Jota valorizava a carreira que teve como nadador, mesmo sem nunca ter alcançado grandes feitos.
"Nem eu quando fui finalista olímpica tinha essa autoestima", afirmou Joanna Maranhão, ex-nadadora medalhista em Jogos Pan-Americanos e que representou o Brasil em Olimpíadas.
"Nem o medalhista olímpico Bruno Fratus já teve essa audácia. Jamais, e eu repito, jamais se venda em troca de likes e engajamento. Tudo tem limite, inclusive marketing", completou Bruno Fratus, medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio, em 2021.
"O problema está na mentira. Não existe problema algum em não ter chegado à seleção ou não ser atleta de ponta. A questão aqui é que esse cidadão vende o que não foi. E vou além, ele não é psicólogo", completou Joanna Maranhão.
Influenciador digital e coach
Na página em que divulga seu trabalho, Joel Jota se define como o "maior especialista em performance do Brasil". Com 43 anos, o influenciador digital é casado e pai de três filhos e tem como lema de vida a frase “Saúde, família e trabalho. Não inverta a ordem".
Outro ponto destacado são os mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais, sendo mais da metade no Instagram, onde, inclusive, comemorou a escolha como mentor do Time Brasil:
"Eu fiz de tudo para ir para os Jogos Olímpicos como atleta e como treinador e não consegui. Mas a vida me reservou algo muito maior: ir para os Jogos não só na modalidade que eu pratiquei a vida inteira, mas em todas. É a conquista da minha vida. 30 anos depois o trabalho devolveu!"