O evento beneficente Salve o Sul, idealizado pela cantora gaúcha Luísa Sonza, ocorreu nos dias 7 e 9 de junho, em São Paulo, com apresentações de mais de 30 artistas, incluindo Pedro Sampaio, Ludmilla, Xamã, Menos É Mais, Gloria Groove, Amigos entre outros. Um dos destaques foi a performance da própria Luísa acompanhada de cantores nativistas, que cantaram Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, de Leonardo, todos pilchados.
Esse também é um dos momentos que Paulo Rocha —repórter da Rádio Gaúcha (93.7 FM) enviado especialmente ao Allianz Parque, em São Paulo, para realizar a cobertura do festival pelo Grupo RBS — destaca como um dos mais emocionantes do evento.
— A abertura, com Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, me pegou. A Luísa Sonza, pilchada, achei legal, sensível da parte dela. O encerramento, com Querência Amada também foi muito bonito. Não quero ser bairrista, mas acho que todos os momentos envolvendo os artistas gaúchos foram os principais. Teve o Canto Alegretense, em que eu estava do lado do palco — pontua Paulo, que revela ter feito a cobertura de um festival pela primeira vez:
—Nunca tinha participado de uma cobertura de festival. Foi desafiador, 15 horas de viagem para chegar lá (em São Paulo). Peguei toda a situação de não ter a rodoviária ainda aberta para viagens interestaduais. Tive que ir até Osório. De Osório, outro ônibus até Florianópolis. De lá, um avião para São Paulo. Chegando lá, não fazia ideia de como funcionava um negócio desse tamanho (o festival), mas tive acesso ao palco, ao camarim. Teve uma cena, para mim, incrível, muito legal. Eu entrei ao vivo na rádio, entrevistando o Carlinhos Brown, ao lado do Ernesto Fagundes, e o Armandinho estava num canto, acompanhando. Eu já aproveitei e entrevistei o Armandinho também. Só uma situação como essa, tão inédita e tão difícil, para reunir essa gente tão diferente, sabe?
Acolhimento
Durante as entrevistas, mais um momento inusitado.
—Fiquei impressionado com o carinho e a sensibilidade de todos os artistas que não são do Rio Grande do Sul, a começar pelo próprio Pedro Sampaio. A primeira entrevista foi com ele, que me deu um abraço no final. Como repórter, a gente não está acostumado a ganhar abraço, né? Aí, pensei: "Acho que eles estão enxergando a gente, os gaúchos, numa situação de um certo desamparo". E esse acolhimento é bem importante — conta Paulo, que, além de repórter, é apresentador dos programas Playlist e Supersábado na Gaúcha.
Churras no encerramento
Após a cobertura dos shows do dia 9, Paulo foi convidado para participar do churrasco de celebração ao festival que rolou na casa de Luísa Sonza, no bairro do Morumbi, zona sul da capital paulista.
—Ela (Luísa) fez essa ponte de uma forma muito serena, muito equilibrada, entre todos os artistas. Foi muito acessível, querida, acolhedora. Fui para a casa dela junto com alguns artistas gaúchos, do CTG Rancho da Saudade, Monarcas, o Rogério Mello, da dupla com César Oliveira. Quem assou o churrasco foi o Rogério, inclusive. Thomas Machado e Luiza Barbosa também foram. E outros artistas, como MC Daniel, Ravena, Pocah. Todos foram muito legais comigo — relembra o repórter, que ainda dá detalhes da playlist do after:
—A Luiza Barbosa e a Luísa Sonza cantaram Legião Urbana, Belchior e Elis Regina, Berenice Azambuja.
Sobre o papo com a estrela Luísa Sonza durante o churrasco, só assuntos descontraídos:
—Falamos sobre as gatas (Paulo é tutor de Vênus, e a cantora, das pets Rita Lee e Elis Regina, esta, adotada em um abrigo de Canoas durante a enchente). E pedi para mandar um vídeo para um amigo, que é muito fã dela.