Quando duas craques do humor se juntam para lançar um filme, tem tudo para gerar expectativa: o clima positivo só aumenta com Ingrid Guimarães e Tata Werneck sob a direção de Susana Garcia, responsável pelos longas Minha Vida em Marte (2018) e Minha Mãe É uma Peça 3 (2019). E é assim, com roteiro dinâmico e elenco popular, que a comédia Minha Irmã e Eu (uma produção da Paris Entretenimento, em coprodução com Paramount Pictures, Telecine, Simba e Globo Filmes) chega aos cinemas nesta quinta-feira (28).
A trama
Na história, Mirian (Ingrid Guimarães) e Mirelly (Tata Werneck) são duas irmãs de Rio Verde, no interior de Goiás — Estado em que Ingrid nasceu. Elas não realizaram o sonho da mãe, Dona Márcia (Arlete Salles), de se tornarem uma dupla sertaneja e, além de terem seguido caminhos opostos, vivem brigando. Mirian nunca saiu de sua cidade e vive em função da família e do lar, cuidando do marido, Jayme (Márcio Vito), dos filhos, Jayme Júnior (Jaffar Bambirra) e Marcelly (Nina Baiocchi), e da mãe. Já Mirelly ostenta uma rotina glamourosa nas redes sociais ao lado de supostos amigos famosos, como a cantora Iza, em um lindo apartamento na frente da praia no Rio de Janeiro.
A família acha que a guria é um sucesso, mas o estilo de vida deslumbrante é falso. Ela está com todas as contas atrasadas e faz bicos como cuidadora dos animais de estimação das celebridades.
Mirelly retorna a Rio Verde para comemorar o aniversário da mãe em uma festa organizada por Mirian. Mas, depois de ouvir uma discussão entre elas, Dona Márcia desaparece. Em busca do paradeiro da mãe, as duas deixam de lado as diferenças e se unem para procurá-la numa viagem que vai mudar suas vidas.
— É um filme popular, amoroso, que fala de família e de amor com muito humor. O público pode esperar boas gargalhadas e muita emoção — diz Ingrid, que assina o roteiro com Verônica Debom, Célio Porto, Susana Garcia, Leandro Muniz e Fil Braz. A atriz também é creditada como produtora associada do longa-metragem.
Tata concorda com a colega:
– Minha Irmã e Eu é uma comédia que emociona.
Afinidade
Ingrid e Tata são amigas e já atuaram juntas em filmes anteriormente. A Anely da novela Terra e Paixão fez uma participação em De Pernas pro Ar 2 (2012), enquanto Ingrid esteve em TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva (2017). Protagonizaram Loucas pra Casar (2015), mas essa é a primeira vez que interpretam irmãs, o que permite demonstrarem a afinidade da vida real em cena.
— A gente sempre fez participação no filme da outra, mas o desejo de fazer um filme em dupla era antigo. Ficamos um tempo tentando encontrar essa história — conta Ingrid.
– Eu dei a ideia de fazermos um filme sobre irmãs, já que sempre fomos muito amigas, e ela escreveu o roteiro. Nos convidamos mutuamente (risos). Mas, como as agendas não batiam, fomos adiando. Esse é um filme planejado há muitos anos – completa Tata.
Elenco
As participações especiais dos cantores Iza e Chitãozinho & Xororó e dos atores Lázaro Ramos e Taís Araujo, que interpretam eles mesmos em Minha Irmã e Eu, abrilhantam uma trama que alterna momentos de riso e choro, como toda boa comédia romântica. Sobre o elenco, Ingrid não poupa elogios:
— É a primeira vez que trabalho com Arlete Salles, que é um ícone do humor. Temos também George Sauma, Leandro Lima, Márcio Vito, que são atores maravilhosos. Além disso, o filme tem participações especialíssimas de Lázaro Ramos, Taís Araujo, Iza e a última participação do Antônio Pedro (ator que morreu em março de 2023 e interpretou Zé Tião no filme).
Identificação
Susana, que dirige pela primeira vez Ingrid e Tata juntas, ressalta o poder da comédia junto ao público:
– Comédias que relatam relações familiares geralmente sensibilizam o público. É bom poder ver problemas e conflitos sob outra ótica, que é a do humor. As pessoas querem se ver representadas, rir das suas próprias desgraças, se identificar. E esse filme gera muita identificação, porque aborda a relação de irmãs e de mãe, mostra a força do amor na família e a nossa capacidade de movimentar e ressignificar a vida. Acredito que, dessa forma, as pessoas se divertem, mas também se identificam e se emocionam com as situações vividas por elas. O maior desafio é contar uma história engraçada e que provoque questionamentos e reflexões na vida das pessoas.
* A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Globo Filmes.