Em uma cerimônia na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão, o Rio Grande do Sul dá oficialmente a largada nesta quarta-feira (21) à colheita do arroz. Com programação marcada até sexta-feira (23), a 34ª edição do evento busca ajudar os produtores a potencializar o resultado das safras com uma agenda de debates e atividades voltadas ao setor.
A estimativa é de que 15 mil pessoas passem pelo local durante os três dias de evento.
Além da cerimônia oficial de abertura da colheita, o cronograma inclui uma série de painéis técnicos. Nomes de referência no agronegócio passarão pelo evento, entre eles o presidente da Randoncorp, Daniel Randon, e o fundador da Terra Boa Agrícola, Tiago Rubert. A programação completa pode ser acessada no site www.colheitadoarroz.com.br.
Realizada dentro da estação da Embrapa, a Abertura Oficial da Colheita do Arroz tem lavouras de arroz, soja e milho para mostrar o sistema integrado de produção.
Entre as novidades, a edição contará com uma arena digital inédita. O espaço dedicado a ferramentas tecnológicas e soluções ao produtor entra para o roteiro da programação com cinco empresas presentes neste ano.
Além da arena, os drones terão espaço para demonstrações. Já a indústria 4.0, outra área nova, será vitrine para equipamentos e tecnologias voltados à indústria de beneficiamento do arroz. Ao todo, 50 expositores apresentam novidades neste espaço.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional do cereal, e tem nesta safra ingredientes que animam a colheita. Área plantada e preço estão entre eles.
Pelo segundo ano seguido, o cenário traz cotações de preço do cereal maiores do que o custo de produção, animando os produtores em relação à rentabilidade esperada com a cultura.
O valor da saca de 50 quilos chegou a R$ 131,44 nos primeiros dias de janeiro deste ano. Após o pico, baixou e reacomodou, mas permanece acima de R$ 100, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)/Irga. As cotações do ciclo atual devem se manter parecidas ao patamar do ano passado, segundo as consultorias que monitoram o preço do cereal.
Para o setor, a manutenção do cenário valorizado é fundamental para que o cultivo se mantenha atrativo aos produtores. No ciclo 2022/2023, o Rio Grande do Sul plantou o menor espaço de arroz em 25 anos, muito porque os preços baixos desanimaram e levaram às reduções de área.
Neste ciclo, os preços em alta e chuva em excesso fizeram com que muitos produtores optassem pelo cultivo do cereal, reduzindo o espaço da soja nas áreas de várzea, conforme apontou a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz-RS) no início da safra.
A estimativa inicial projetada pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apontava para um cultivo de 902,42 mil hectares de arroz, alta de 7,5% em relação ao semeado no ciclo anterior.
A 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é realizada pela Federarroz, em correalização com Embrapa, Senar-RS, Ministério da Agricultura e Irga.