Também presidente da Cooperativa Garibaldi, Ló destaca que no ano passado a colheita começou no início de janeiro, como é de costume. Nesta semana, a vinícola já recebeu as primeiras uvas, ainda em pouca quantidade. Para a próxima, já começam a receber a leva maior, estimada em 50 toneladas de uva chardonnay e pinot noir e outras 40 toneladas de uva de mesa para sucos tintos. O volume maior é esperado para a primeira semana de janeiro. A parte industrial da Garibaldi entra em recesso de 18 de dezembro a 2 de janeiro, mas o setor de recebimento e armazenagem vai trabalhar de acordo com a demanda.
A vinícola Aurora recebeu nesta semana cerca de cinco toneladas de uva de mesa e tem agendada para receber nesta quinta-feira (14) outras sete toneladas de uvas finas pinot noir e chardonnay. Na próxima semana, a cooperativa de Bento Gonçalves tem previsão de outras 15 toneladas de uvas de mesa.
Em Flores da Cunha, cuja colheita é a mais tardia entre as cidades produtoras da Serra, a Cooperativa Nova Aliança não recebeu uva dos produtores, mas se diz preparada para começar a atender mais cedo neste ano, já nas próximas semanas.
De acordo com o presidente da Fecovinho, o inverno menos rigoroso impactou as parreiras e foi o responsável por adiantar o amadurecimento da fruta. No entanto, o clima de dezembro, com dias quentes e noites frias, está auxiliando a retardar o processo para as variedades mais tardias. O grau de açúcar também é influenciado positivamente pelo fenômeno.
O governo federal definiu o preço mínimo da uva para a safra deste ano em R$ 0,92, o mesmo valor da última, quando a colheita foi recorde, com 750 milhões de quilos.