O Rio Grande do Sul, que responde por 90% da produção de vinhos do país, processou recorde de 750,6 milhões de quilos de uvas, com qualidade considerada boa para o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá. O resultado é um alento após quebra de 57% da safra anterior. Mas o setor não vive só de boas notícias.
As vendas de vinhos nacionais caíram 14% de janeiro a abril, enquanto as importações aumentaram.
– Precisamos reverter essa queda do primeiro quadrimestre para não chegarmos no início da próxima safra com excedentes e falta de espaço nas vinícolas – afirma Scottá.
Além disso, o governo do Estado aumentou o percentual de componente da base de cálculo de substituição tributária desde 1º de maio. A mudança representa alta entre 3% e 5% no produto final para o consumidor. Para garantir competitividade, representantes das vinícolas pediram ao governador José Ivo Sartori mecanismos para equalizar esse aumento. Sartori, que prometeu conversar com a Fazenda, recebeu convite para participar do Dia do Vinho, comemorado no próximo domingo, e que neste ano terá ações durante duas semanas em diferentes municípios produtores do Estado.