Conquistar mais espaço na mesa dos brasileiros é desafio constante das vinícolas gaúchas. O Rio Grande do Sul, principal produtor de vinhos do país, ainda consome predominantemente bebida importada do Chile. Pensando em fortalecer a imagem dos vinhos nacionais, algumas regiões têm apostado na Indicação Geográfica (IG) – espécie de selo que valoriza a identidade regional dos produtos locais.
– A IG é uma agregação de renome, uma forma de o produto ser lembrado e reconhecido pelo consumidor – explica o pesquisador Jorge Tonietto, da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves.
Há dois tipos de Indicação Geográfica: a Indicação de Procedência (IP) e a Denominação de Origem (DO), um pouco mais restritiva. O Vale dos Vinhedos é a única região do Brasil com DO para vinhos. A Campanha é a primeira de fora da serra gaúcha que terá IP para vinhos finos e espumantes. Já têm o selo outras quatro regiões: Pinto Bandeira, Altos Montes, Monte Belo e Farroupilha.
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Basta olhar nas embalagens das plantas nas floriculturas e supermercados para ver que mais da metade das rosas, crisântemos, lisianthus e orquídeas à venda vem de São Paulo. Se no segmento flores de corte e interior a produção gaúcha ainda engatinha, o Rio Grande do Sul ganha escala na categoria paisagismo com o cultivo de azaleias, cycas, bromélias e buxus. Segundo o presidente da Associação Rio-grandense de Floricultura, Valdecir Ferrari, depois de 10 anos de expansão, a produção hoje responde por 80% das vendas no segmento. O restante vem de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.