Ferramenta crucial para que o produtor consiga ter amparo financeiro em casos de problemas climáticos, o seguro rural brasileiro ainda está longe de ser considerado ideal. E tem amplo espaço para crescer. Enquanto nos Estados Unidos 95% da área cultivada está segurada, no Brasil esse percentual chega a apenas 14%.
Vários fatores, entre os quais, custos, formato do produto e experiências negativas vividas por produtores ajudam a explicar a baixa adesão no Brasil.
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Os recursos destinados à subvenção do seguro para o Plano Safra 2015-2016 deixaram a desejar.
Além de não haver reajuste no orçamento previsto - em 2014, foram R$ 700 milhões, neste ano,R$ 668 milhões -, ainda há uma pendência de R$ 300 milhões referentes ao ciclo passado.
Se fosse ampliado na mesma proporção da oferta total de crédito do plano (20%), o valor para a subvenção deveria ter chegado a R$ 840 milhões.
A possibilidade de que faltem recursos preocupa. Além da demanda que vem crescendo, a previsão de El Niño coloca no horizonte a chance de ocorrer chuva intensa - o que pode comprometer o rendimento das lavouras.
- O seguro evoluiu nos últimos anos. Em uma escala de zero a 10, estava em dois e foi para seis, sete- avalia Elmar Konrad, presidente da Comissão de Crédito Rural da Federação da Agricultura do Estado.
No ano passado, a melhora na cobertura para as lavouras de trigo foi fundamental para os produtores, diante das perdas de mais de 50% na colheita.
Konrad observa ainda que a contratação em massa, um dos pontos que ajudariam na diminuição dos custos do seguro rural, depende de maior aporte para a subvenção.