Durou menos de um minuto a entrega do certificado de zona livre de peste suína clássica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mas foi tempo suficiente para as delegações do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina transformarem o palco da Maison de La Chimie, em Paris, numa festa brasileira. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, providenciou uma bandeira do Brasil e outra do RS para comemorar.
Polo e o governador José Ivo Sartori destacaram que os mercados estão cada vez mais exigentes e esse certificado será importante para as exportações gaúchas. A certificação que o Rio Grande do Sul e Santa Catarina receberam, de forma única no país, se converterá em credencial para o mercado global. E deve ajudar o Rio Grande do Sul a ganhar mais espaço nas exportações brasileiras - hoje, é o segundo no ranking, atrás de Santa Catarina.
O volume de carne suína embarcada pelo Estado hoje é 10 vezes superior à carne bovina, por exemplo. A certificação só não ajudará a abrir mais portas externas ao Rio Grande do Sul por outros motivos. Países como Japão e Estados Unidos, por exemplo, adotam como critério outra certificação: a de zona livre da febre aftosa, sem vacinação. A condição é atendida atualmente apenas por Santa Catarina.