Entre as maiores expectativas da comitiva que entre esta terça-feira e quarta-feira percorre Brasília em defesa da Emater está conseguir audiência com Advocacia-Geral da União (AGU). A ideia é tentar persuadir o órgão a rever a decisão que negou a instalação de uma câmara de conciliação.
O mecanismo é visto como uma das melhores formas de resolver o longo impasse em torno da filantropia da Emater. A revogação do certificado de entidade beneficente de assistência social (Cebas) a partir de 2009 coloca em risco o futuro da instituição que presta assistência a mais de 250 mil famílias e está presente em 494 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul.
- Temos de aproveitar o momento político - avalia o presidente da Emater, Clair Kuhn.
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Nesta terça pela manhã, ele participa da marcha dos prefeitos - a Famurs prometeu levantar a bandeira da Emater no evento. Lá, também pretende conseguir alguns segundos com o vice-presidente, Michel Temer, para fazer a defesa do trabalho desempenhado pela entidade no Rio Grande do Sul.
E alertar sobre o impacto financeiro que a perda da filantropia representa.
O advogado da Emater, Rodrigo Dalcin, e parlamentares irão fazer coro na capital federal dos pontos colocados em debate na audiência pública da Assembleia Legislativa, da qual participaram 1,8 mil pessoas. Documentos endossados pelo governador José Ivo Sartori também serão entregues.
Na quarta, será dia de reunião com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Marcelo Cardona. É o MDS que concede o Cebas - e que publicou portaria revogando a filantropia a partir de 2009.
Há ainda a ação popular movida em prol da Emater. Mas essa conversa terá de ficar para 9 de junho, para quando foi adiada audiência prevista para terça com a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa.
- O mais importante é demonstrar a importância da Emater - reforça Dalcin.
E nisso ele tem razão. De efeito prático, talvez seja essa a grande conquista, por ora, do grupo mobilizado em torno da entidade.