A colheita da soja avança no Rio Grande do Sul, e já atinge 15% da área total semeada no Estado. Outros 25% estão em condições de serem colhidos, conforme o Informativo Conjuntural da Emater.
Nas áreas ainda não colhidas, neste final de ciclo da cultura, tem se observado aumento na incidência da ferrugem asiática nas lavouras, obrigando os produtores a diminuírem o intervalo entre as aplicações de defensivos, não conseguindo controlar com total eficiência esta doença.
Também é possível observar grande retenção foliar por parte das plantas em final de ciclo. Segundo técnicos da Emater, dois fatores contribuíram para esta retenção: primeiro, a grande incidência de doenças radiculares impulsionadas pelo clima úmido e quente; segundo, pela baixa quantidade de chuvas que vem ocorrendo nesta parte final do cultivo.
As duas condições devem provocar pequenas reduções na produtividade planejada pelos agricultores. Entretanto, essa quebra em nada altera a projeção de uma excelente safra para o Estado, que deverá colher mais de 14 milhões de toneladas do grão.
Com os preços aquecidos pelo câmbio com dólar alto, a saca de 60 kg de soja foi negociada a cotações que variaram entre um mínimo de R$ 61,50 e um máximo de R$ 66,00, dependendo da praça consultada. O preço médio em âmbito estadual ficou em R$ 63,77, 5,18% a mais do que o valor apurado na semana passada.
Com a atenção dos produtores voltada para a soja, a colheita do milho aumentou apenas quatro pontos percentuais em relação à semana passada, atingindo atualmente 58% do total. Os resultados seguem surpreendendo positivamente os produtores. Em áreas não irrigadas, os rendimentos superam a marca de dez mil kg por hectare.
Lavouras que foram plantadas mais tarde que o convencional e ainda se encontram na fase de formação de grão também apresentam ótimo desenvolvimento e elevado potencial produtivo. Atualmente, a cotação da saca de 60 kg de milho registrou estabilidade em relação à semana passada, fixando-se em R$ 23,33.