Com a atual safra estimada em 8,2 milhões de toneladas, o Rio Grande do Sul deu a largada na colheita do arroz neste sábado, em Tapes. A produção estimada em 2014/2015 é praticamente a mesma do ciclo anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Principal produtor do grão, o Estado deverá colher 66% de toda a safra brasileira do grão, prevista em 12,2 milhões de toneladas.
Durante a 25º Abertura Oficial da Colheita do Arroz, representantes do setor manifestaram preocupação com a alta nos custos de produção e com as condições de escoamento dos grãos.
- Estamos diante de um novo desafio para a lavoura, que são os altíssimos custos de produção. Sempre buscamos a produtividade, mas, diante do tarifaço atual, está ficando extremamente complicada a nossa manutenção e renda no campo - afirmou o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz), Henrique Dornelles.
Alta no preço da energia e do diesel consome lucros do arroz
Leia todas as notícias de Campo e Lavoura
Leia as últimas notícias de Zero Hora
O dirigente aproveitou a presença do governador José Ivo Sartori no evento para encaminhar alguns pleitos. Entre os pedidos, a qualificação do terminal da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) no porto de Rio Grande e a continuidade da política tributária para o segmento, que reduziu a base de cálculo da alíquota de ICMS para saídas de arroz do Estado.
Em discurso de 18 minutos, Sartori voltou a falar das dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado, mas destacou que os agricultores têm "um aliado" e que "no mínimo, o governo tem que não atrapalhar quem produz".
- A cadeia do arroz mostra que estamos indo muito bem da porteira para dentro. Temos tecnologia, inovação e gestão. Mas, da porteira para fora, as coisas precisam melhor. Tem tarifa demais e infraestrutura de menos, e as perspectivas comerciais estão muito restritas ao Mercosul.
* Zero Hora