Ao mesmo tempo em que se propõem melhorias para a logística dentro do porto de Rio Grande, fora dele a ideia é ampliar a utilização das hidrovias como rota de transporte.
- O futuro do porto passa pela exploração adequada de hidrovias. Elas são fatores de atração de investimentos - afirma Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP).
Tendo modelos como o da malha hidroviária do Mississippi, nos Estados Unidos, o projeto poderia contar com as parcerias público-privadas - as tão faladas PPPs inclusive com a ideia de criar uma agência executiva para administração dessas hidrovias.
- Luto permanentemente por acesso que não dependa de buraco de estrada - disse Fernando Becker, presidente do Conselho de Administração da Trevisa, controladora da Navegação Aliança, durante apresentação da proposta para o porto de Rio Grande.
Atualmente, segundo Becker, 20% de tudo que o porto exporta é transportado por hidrovias. Com a ampliação da produção da Celulose Riograndense, esse percentual deve chegar a 30%.
Walter Lídio Nunes, presidente da Celulose Riograndense, criticou a postura do poder público em relação ao setor e afirmou que é hora de buscar mudanças na governança:
- Não estamos pedindo favor, o que temos é de exigir. Estamos defendendo os interesses do Brasil.
A proposta apresentada prevê para a dragagem e melhoria nas instalações e sinalizações ao longo das principais vias que ligam portos, como o de Estrela, principal ponto de embarque de grãos até Rio Grande.