As boas colheitas no Estado - e no país - têm impacto direto sobre a indústria de máquinas agrícolas.
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O desempenho do campo vai moldando também a estratégia desse setor. Vendas e posicionamento das marcas vão se ajustando conforme as necessidades do produtor para cada nova safra.
Depois do céu de brigadeiro vivido em 2013, quando o número de unidades negociadas no Brasil rompeu um recorde de mais de 30 anos, 2014 pede mais cautela. A base de comparação alta por si só, justificaria os resultados deste ano. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram uma queda de 19,2% nas vendas entre janeiro e julho.
Isso está longe de representar falta de investimentos. Pelo contrário, as fabricantes vêm adotando práticas capazes de fazer com que o agricultor siga comprando. No caso do Rio Grande do Sul, marcas se adaptam para atender às exigências do produtor local.
Com unidades em Canoas, Ibirubá e Santa Rosa, a Massey Ferguson acaba de colocar em funcionamento um novo centro de distribuição de peças em Ernestina, no norte do Estado.
O investimento de R$ 3 milhões diminui em dois dias o tempo necessário para atender aos gaúchos.
- Nossa estratégia de agricultura de precisão é ter uma conexão em todo o ciclo produtivo - explica Alfredo Jobke, diretor de marketing da AGCO na América do Sul.
Também de olho no mercado nacional, a John Deere aplicará US$ 40 milhões na ampliação da fábrica de Montenegro. O início da operação está previsto para o segundo semestre de 2015. E permitirá a produção nacional de tratores de até 340 cavalos de potência. A busca por máquinas mais potentes é tendência, como observa Rodrigo Junqueira, diretor de vendas da marca no Brasil:
- Você vê isso no país como um todo. No Rio Grande do Sul, esse cenário também é nítido.