A assembleia-geral que selou o destino da Cotrijui foi tumultuada. E em vez de colocar um ponto final, acentuou ainda mais a divisão entre os que são favoráveis e os que são contrários à gestão iniciada no ano passado.
Enquanto os advogados da Cotrijui correm para tentar evitar o leilão da unidade de Chiapetta, marcado para esta quarta-feira, o grupo Terceira Via estuda ação para questionar a assembleia, que terminou com a decisão da liquidação da cooperativa.
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Pela manhã de segunda-feira, os advogados da Cotrijui entraram com pedido na Justiça do Rio de Janeiro, para suspensão do leilão.
- É uma verdadeira cruzada contra o tempo - afirma Claudio Lamachia, advogado da cooperativa.
O juiz deve se manifestar até as 15h desta terça. Caso não aceite o pedido, ainda há a possibilidade de recorrer. Como o leilão está marcado para as 10h de quarta, qualquer definição tem de sair antes disso.
Ao mesmo tempo, associados da Terceira Via avaliam imagens e áudios, com a íntegra da assembleia. Segundo Julimar Crescente, advogado do grupo, o primeiro passo é ver se a decisão pela liquidação "ficou clara para quem estava lá". Outro ponto avaliado é com relação à escolha do nome do liquidante - posição que ficou com o presidente da Cotrijui, Vanderlei Fragoso.
- Pretendemos entrar com recurso - afirma Crescente.
Por ora, falta definir quando e como. Para Lamachia, uma eventual decisão que anule a assembleia do último sábado, na prática, inviabiliza a suspensão das execuções de cobrança.
Ao que tudo indica, outras batalhas ainda deverão ser travadas no caminho da recuperação da cooperativa.