Neri Geller começou a semana na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, como secretário de Política Agrícola. E terminará a semana em Brasília, como novo ministro da Agricultura. Já há algum tempo o político gaúcho vinha preparando terreno para isso - a confirmação do nome dele para o cargo não foi nenhuma surpresa. Era mais uma questão de arranjo político do que qualquer outra coisa.
Em conversa por telefone com o presidente da Federação da Agricultura (Farsul), Carlos Sperotto, Geller se disse motivado para assumir o desafio. O novo titular da pasta, no entanto, não precisa esperar a cerimônia de posse, que ficou para a próxima segunda-feira, para saber o que querem os produtores do Rio Grande do Sul.
As lições estão na ponta da língua: garantir reajuste do preço mínimo do trigo e do arroz são alguns dos itens. Os pedidos foram diretamente encaminhados a Geller, que em fevereiro veio ao Estado em mais de uma ocasião, entre as quais para a abertura da colheita do arroz, em Mostardas.
- Ele conhece toda missa. Está hoje com um material farto em mãos - diz Sperotto.
Nascido em Selbach, Geller fez a vida como produtor e a carreira política em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, para onde foi em 1984.