Rendeu tanto a polêmica sobre a licença de operação do programa Mais Água, Mais Renda, que o governador Tarso Genro deu prazo, até a sexta-feira da próxima semana, para que os titulares das pastas da Agricultura, do Meio Ambiente e o presidente da Fepam cheguem a um consenso sobre o assunto.
Nesta data, deverão apresentar uma definição sobre ajustes a serem feitos no documento hoje em vigor. Se algum ponto seguir sem entendimento, caberá a Tarso assumir o papel de fiel da balança.
Até lá, Luiz Fernando Mainardi, da Agricultura, Neio Lúcio Pereira, do Meio Ambiente, e Nilvo Silva, da Fepam, deverão, por solicitação de Tarso, acompanhar pessoalmente, ao longo da próxima semana, os debates - que aliás, já vinham sendo feitos internamente, por equipes técnicas dos três órgãos.
Tudo indica que a licença de operação atual será substituída por uma nova, que contemple as demandas de todas as partes envolvidas. O ponto sobre a captação de água dos rios deve representar a maior dificuldade de entendimento entre as partes envolvidas.
Até então, o discurso da Agricultura era o de que, da forma como está, tornaria inviável o programa. O da Fepam, de que não há nada de novo nesta questão, já que o Mais Água, Mais Renda é um projeto de reservação de água desde a origem. E para evitar novos episódios de fogo amigo por conta do tópico, o acordo foi eleger um único porta-voz para falar sobre a reunião de ontem no gabinete do governador.
- O programa não acabou. Muito pelo contrário, segue normal. O que está em curso são alterações - enfatizou o chefe de gabinete de Tarso, Ricardo Zamora.
O recado tenta dar alguma tranquilidade aos produtores interessados em acionar as linhas do programa. Mas a certeza sobre o que virá pela frente ficou para a próxima sexta-feira.