Semelhante às demais lagartas que atacam as lavouras, a Helicoverpa armigera não pode ser identificada a olho nu. Embora tenha algumas características específicas, como pontuações pretas ao longo do corpo, apenas exames laboratoriais têm condições de diferenciar as espécies. Apesar de ainda não ter recebido a confirmação da Embrapa, o produtor Paulo Alberto van Lieshout, 48 anos, não têm dúvidas de ter encontrado a espécie ameaçadora em Carazinho, na Região Norte.
- Em Goiás, onde também planto soja, identificamos a lagarta. Trata-se da mesma espécie que causou danos nas lavouras daqui e de lá - relata o produtor, com propriedades de 500 hectares de soja no Rio Grande do Sul e outros 500 hectares no município goiano de Luziânia.
A identificação da lagarta em solo gaúcho, conforme Lieshout, deu-se em janeiro deste ano, quando a soja estava em processo de floração. A espécie encontrada foi encaminhada para a Embrapa de Passo Fundo.
- Coletamos alguns exemplares e criamos até chegar à fase adulta. O gene é da Helicoverpa, resta saber se é a espécie armigera. É prematuro afirmar com certeza neste momento - aponta o pesquisador Paulo Pereira.
Independentemente do resultado, o produtor de Carazinho está disposto a se prevenir com inseticidas liberados para combater a praga.
- Fizemos esse controle na safra passada em Goiás e funcionou. Não vou esperar a lagarta atacar toda a lavoura para me proteger - disse.
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