A cada novo lote de animais vendido, a temporada de remates de primavera do Estado vai consolidando resultados expressivos. As médias e o faturamento obtidos em leilões particulares e feiras oficiais têm superado projeções feitas no início do período.
Presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler), Jarbas Knorr já estimava um crescimento entre 15% e 20%. Agora, com as vendas se encaminhando para o fim, assegura que as médias dos animais serão pelo menos 15% maiores do que as registradas no ano passado.
Uma combinação de fatores ajuda a explicar esse desempenho singular, na visão de Knorr. A oferta de touros e fêmeas de qualidade é um deles.
- A genética oferecida, que tem atraído cada vez mais compradores de outros Estados, talvez seja o grande ponto alto da temporada - avalia Francisco Schardong, presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado.
Outro fator a ser considerado é a capitalização do produtor rural, que permite investimentos e dá maior poder de barganha na compra. Para Knorr, esta deve ser a melhor temporada dos últimos anos.
- Os resultados mostram que a pecuária está dando resposta mesmo com a pressão das lavouras de soja - completa Schardong, em uma referência ao avanço do grão no Estado.
Para o dirigente, o crédito liberado para as exposições, com juros compatíveis, também impulsiona as vendas. Criadores buscam nos leilões da primavera reprodutores - touros e fêmeas - com qualidade reconhecida para melhorar a produção. O impacto desse investimento também chega ao consumidor final, já que a pecuária eficiente garante a carne desejada.