Uma nova técnica para controle de pragas como a lagarta do cartucho e a lagarta da espiga, que causam grandes prejuízos nas lavouras de milho, vai começar a ser testada no Estado neste ano. A Emater e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinaram nesta quinta-feira, em Porto Alegre, o Termo de Cooperação Técnica para o Controle Biológico de Lagartas do Milho. O convênio é o primeiro do tipo firmado no país.
A técnica do controle biológico, sem uso de agrotóxicos, utiliza uma vespa chamada Trichogramma spp. Produzida em laboratório a partir de ovos, elas serão vendidas ao produtor nesse formato, que as distribui nas lavouras. Na prática, essa vespa é atraída pelo cheiro dos ovos da praga e impede que as lagartas nasçam. Pelo convênio, técnicos da Emater receberão orientação da Embrapa para repassar o conhecimento aos produtores que apostarem nessa forma de controle.
A expectativa da Emater é de que 10 mil agricultores se utilizem da técnica neste ano em uma área que pode chegar a 15 mil hectares de milho, 1,5% do total cultivado no Estado. Além do custo baixo, cerca de R$ 25 por hectare, a prática também gera economia pela menor necessidade da aplicação de inseticidas nas lavouras.
O produtor interessado em utilizar a técnica deve buscar orientação nos escritórios municipais da Emater.
Entenda como funciona a técnica:
Ciência no campo
Entidades pesquisam técnica para controle de pragas com uso de vespas
Embrapa e Emater se unem em teste de novo controle biológico para lavouras de milho
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